Deputados da oposição querem recolocar em pauta os gastos do presidente da República com viagens, usando o argumento de que ele faz pré-campanha, antecipando os debates eleitorais de 2022 em seu favor – e com dinheiro público.
A iniciativa do PDT, PT, PCdoB e Psol tem um timing perfeito: em 2021, a Câmara dos Deputados gastou apenas R$ 134 mil com viagens oficiais — valor considerado baixíssimo, já que, em outros anos, o gasto foi até 10 vezes maior.
O custo reduzido das viagens deve-se à proibição de traslados internacionais durante a pandemia, ordem do presidente Arthur Lira (PP-AL), que só afrouxou a determinação há um mês.
Com as contas em dia, os deputados querem questionar, novamente, os custos da estrutura presidencial em viagens que são consideradas “ineficazes” e “injustificáveis” para o mandato, como as motociatas e as inaugurações de pequenas obras, como poucos quilômetros de asfalto ou de uma ponte no Amazonas cujo custo de construção foi menor do que o deslocamento presidencial para inaugurá-la.
Enquanto o povo enfrenta umas das piores crises, Bolsonaro já gastou R$ 2,8 milhões de dinheiro público com as tais motociatas, que causa aglomeração e até acidentes. O povo passa fome e o presidente de molecagem, esse é o genocida!
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) September 30, 2021