A curiosidade sabotou o manual de boas maneiras na festa de aniversário de Denimar Menezes de Noronha, mulher do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta quarta-feira (22), no Lago Sul.
Em eventos assim, a etiqueta sugere que temas centrais do funcionamento de Brasília fiquem fora das conversas – e que safras vitoriosas, atrações turísticas e amenidades do tipo se imponham. Mas o que se ouviu na quarta foi bem outra coisa: o preenchimento da vaga do ministro Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF).
Noronha quer o cargo, e nunca escondeu isso. Assim, teve de, elegantemente, responder a um amigo que “convites assim só valem quando anunciados pelo presidente”.
Presidente da CCJ no Senado, Davi Alcolumbre (DEM-RR) vem postergando a audiência da CCJ para escrutinar o indicado de Bolsonaro à vaga. E esse indicado não é Noronha, mas o ex-AGU André Mendonça, que conta com apoio de lideranças evangélicas.
Depois do comentário do amigo, a preferência entre os tintos de Bordeaux ou da Borgonha voltou a ser discutida no convescote.