Às vésperas de um dos dias mais dramáticos de seus quase três anos de gestão, o 7 de Setembro da Desarmonia dos Poderes, o presidente Jair Bolsonaro até que viveu um domingo (5) bastante tranquilo no palácio da Alvorada.
De novo, ele receberia o churrasqueiro Tchê para uma tarde com o “inner circle” familiar em torno do jogo que acabou por não ocorrer entre Brasil e Argentina.
O cancelamento do “derby” poderia ter sido uma pequena fonte de preocupação (não foi), mas a tarde já vinha bem desde que Bolsonaro recebeu um zap em seu celular.
Um aliado havia compartilhado a foto do beijo que o PR deu na primeira-dama, Michele, no dia anterior, na Conferência de Ação Política Conservadora, o eventinho à Bannon promovido pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Em baixo dessa imagem carinhosa, uma foto do governador de São Paulo, João Doria, acariciando o rosto do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP).
A legenda dizia: “cada um tem a princesa que merece”.
Bolsonaro riu efusivamente. Mostrou para Michele e para os dois filhos que estavam lá, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e Dudu.
A novidade é que ele decidiu não compartilhar.
Na lista de chamadas rápidas no WhatsApp do presidente está o ministro-chefe da secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que sempre recebe esse tipo de compartilhamento. Só que o presidente agora sabe que seu ministro, querendo provar intimidade com o PR, mostra para muitos as mensagens que chegam de 00.
O mesmo acontece com Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, que adora ligar para Bolsonaro e colocar a chamada no viva-voz.