Agronegócio racha às vésperas de manifesto pró-desarmonia

Antonio Galvan e Marcello Brito || Créditos: Aprosoja-MT/Reprodução

Abag e outras seis entidades veem “aventuras radicais” enquanto presidente da Aprosoja é apontado como financiador de atos em favor de Bolsonaro

A péssima gestão ambiental do governo Bolsonaro conseguiu a proeza de criar uma cisão num setor que apoiava o presidente maciçamente, o agronegócio.

Sete entidades do setor, como a Abag, a Associação Brasileira do Agronegócio, se descolaram do grupo de entidades empresarias que pretendiam, sob o comando da Fiesp, fazer circular um documento que morreu antes de nascer, pedindo harmonia entre os poderes.

As associações do agro divulgaram o próprio manifesto, em que lastimam “aventuras radicais, greves e paralisações ilegais, de qualquer politização ou partidarização nociva que, longe de resolver nossos problemas, certamente os agravará”.

Mas muitos sojicultores, como se sabe, estão com Jair Bolsonaro em sua cruzada contra o STF – ou, como o presidente vem dizendo, “um ou dois ministros de lá”. Para o presidente, eles atuariam contra a Constituição.

O mais entusiasmado sojicultor a cerrar fileiras com o PR é Antonio Galván, presidente da Aprosoja Brasil, apontado como um dos patrocinadores do encontro desta terça (7).