Bernard Arnault que se cuide. A Amazon acaba de anunciar que, até o fim do ano, vai lançar na Europa sua operação de e-commerce voltada ao mercado de luxo. Seria uma ameaça ao domínio das marcas do LVMH, conglomerado do centibilionário francês – atualmente terceiro homem mais rico do mundo depois dos americanos Elon Musk (Tesla) e Jeff Bezos (maior acionista da própria Amazon)?
Lançada em setembro e batizada Amazon Luxury Stores, a versão do maior site de varejo do mundo só para ricos já é um sucesso nos Estados Unidos, único país em que está disponível por enquanto. Marcas como Dundas, Oscar de la Renta e Elie Saab desde então só vendem pela internet através da plataforma, e também já confirmaram que farão o mesmo quando esta estrear na web europeia.
A Amazon tem fama de “engolir” a concorrência por onde passa, mas dessa vez estará lidando com o grupo de Arnault, dono das maisons Dior e Louis Vuitton, cuja receita em 2020 chegou a US$ 54,5 bilhões (R$ 281,8 bilhões) e o valor de mercado na Bourse de Paris está na casa dos € 326,3 bilhões (R$ 2 trilhões). Ou seja: vai ser briga de peixes grandes.
Em tempo: com base nas cotações das ações da Amazon e do LVMH nas bolsas, as fortunas de Bezos e Arnault são de US$ 200,8 bilhões (R$ 1,04 trilhão) e US$ 184,6 bilhões (R$ 954,4 bilhões), respectivamente. Ambos, aliás, estão tendo uma ótima quinta-feira: o primeiro faturou até agora US$ 663 milhões (R$ 3,43 bilhões) no pregão do dia, enquanto o segundo levou para casa US$ 59 milhões (R$ 305 milhões), um cafezinho para ele, mas que não deve ser desprezado.