Irritação bolsonarista com vermelho macula recepção a presidente de Guiné-Bissau

Umaro Sissoco Embaló e Jair Bolsonaro || Créditos: Alan Santos/PR

Homenagem a “Bolsonaro da África” é criticada pelos próprios bolsonaristas em razão das bandeiras vermelhas misturadas às verdes e amarelas pelas ruas de Brasília

O complexo de inferioridade dos bolsonaristas é motivo de chacota da oposição. É que nesta terça-feira (24) Brasília estava decorada com bandeiras verdes, amarelas e vermelhas. Presumiu-se, entre os aliados do presidente, que o vermelho era uma intervenção petista na bandeira brasileira, símbolo apropriado por este governo.

Logo de manhã, pipocaram nos grupos de WhatsApp dos amiguinhos do governo uma enxurrada de críticas, pessoas comentando que o PT já tinha ido longe demais e estava agora estragando a bandeira nacional.

A explicação de fato é que as três cores compõem a bandeira de Guiné-Bissau, país africano cujo presidente, Umaro Sissoco Embaló, também conhecido como “Bolsonaro da África” por suas práticas pouco ortodoxas de gestão, digamos, veio ao Brasil em missão oficial.

Esse tipo de recepção “cromática”, com as cores do país homenageado, acontece toda vez que um chefe de Estado visita o Planalto. Zero novidade.

A viagem de Umaro a Brasília foi paga pela União, já que o convite partiu do presidente Bolsonaro e um avião da Força Aérea Brasileira foi enviada a Guiné-Bissau para buscá-lo.

“Temos laços bastante antigos, de amizade e cooperação entre nossos países. Conversamos rapidamente sobre algumas questões, como agricultura, saúde e defesa. E disse-lhe que estamos prontos para servi-lo, eu o considero um país irmão, temos muito a colaborar”, disse Bolsonaro.