Paulo Coelho faz 74 anos e a PODER revela curiosidades sobre o mago mais rico do Brasil

Paulo Coelho

Um dos últimos investimentos do escritor foi a compra do prédio do século XIX onde funcionava um banco suíço, com caixa-forte no subsolo

Maior escritor vivo do Brasil, Paulo Coelho faz 74 anos nessa terça-feira também como um dos brasileiros que mais fizeram sucesso fora do país até hoje. Autor do clássico O Alquimista, publicado em 1988 e lançado internacionalmente em 1993, Coelho vendeu mais de 350 milhões de cópias de seus livros em todo o mundo (só O Alquimista responde por quase metade desse número), e ainda detém o título de autor vivo cuja obra foi mais traduzida para outras línguas. Sem falar em sua lista de fãs famosos: Oprah Winfrey, Bill Clinton, Kobe Bryant, que sonhava em escrever um livro com Coelho, e em sua nova fase como tuiteiro de plantão contra todos os exageros cometidos por governos que flertam com o totalitarismo.

Mas isso tudo já é sabido pelo maioria. Para comemorar a data, a PODER aproveita para revelar alguns detalhes menos conhecidos de sua biografia.

O primeiro fracasso

Muito se fala sobre os sucessos de Coelho, mas quase ninguém lembra que o primeiro livro dele – Arquivos do Inferno, de 1982 – foi um completo fracasso. Sua trama foi considerada “fraca” e “pouco empolgante” tanto pela crítica quanto pelos poucos leitores que o compraram, apesar de que hoje em dia algumas das raríssimas cópias da obra ainda existentes podem ser encontradas em sites de venda custando mais de R$ 2 mil cada. Se tiver o autógrafo de Coelho, que trata do fiasco literário como “uma grande lição sobre expectativas frustradas ao longo da vida e como lidar com elas”, esse valor pode até dobrar.

Perfeccionismo extremado

Já o segundo livro de Coelho – Manual Prático do Vampirismo, de 1986 – foi odiado pelo próprio autor. E de tão descontente que ficou com o resultado do trabalho que lhe consumiu anos para sair do papel, o escritor brasileiro mais milionário do pedaço ordenou seu recolhimento das livrarias por considerá-lo “de baixíssima qualidade”.

Processo criativo diferente

Coelho escreve um livro a cada dois anos em média, e sempre começa um novo depois de receber um sinal do universo. Um desses sinais misteriosos teria a ver com qualquer pena branca que o marido da artista plástica Christina Oiticica encontrar em suas caminhadas por aí. Se isso ocorrer no mês de janeiro de um ano ímpar, então, ele sai correndo para frente do computador já pensando nas primeiras palavras que deverão constar no papel.

Vice-campeão no Twitter

De acordo com o influente site de informação e promoção da literatura britânico Richtopia, Coelho – que sempre tem seu smartphone em mãos – é o segundo escritor mais influentes do Twitter e na rede social só perde para J.K. Rowling, autora da saga Harry Potter. Com mais de 15,4 milhões de seguidores na rede social, ele tem outros 2,3 milhões de seguidores no Instagram e 28,7 milhões no Facebook. Nem preciso dizer que seus “inimigos” no campo da política o odeiam por tamanha fama e influência.

Ótimo gestor e investidor

Como vende muito mais livros fora do Brasil do que por aqui, Coelho recebe seus royalties em moedas estrangeiras e baseados em acordos bem mais rentáveis do que os negociados por outros escritores brasileiros. Graças a isso e também a outros fatores, ele conseguiu amealhar uma fortuna estimada em US$ 500 milhões (R$ 2,69 bilhões). E o co-autor de Gita junto com Raul Seixas sabe cuidar muito bem de seu patrimônio, o que faz com a ajuda de profissionais mas também por conta própria de vez em quando. Um dos últimos investimentos dele foi a compra do prédio do século XIX em que funcionava o quartel-general de um banco suíço, com caixa-forte no subsolo e tudo. Localizado em Zurique, o imóvel custou 15 milhões de francos suíços (R$ 88,5 milhões) e começará a ser reformado tão logo a pandemia acabe para se tornar a sede de uma fundação com seu nome.