Potência do agrobusiness brasileiro compra de espanhóis Santa Amália, marca líder em Minas Gerais, e abre fronteira para além do feijão com arroz
Potência do agronegócio brasileiro, a Camil anunciou em fato relevante nesta segunda (16) a aquisição da Santa Amália, pastifício controlado pela transnacional espanhola Alicorp Holdco, e com isso, sua entrada no setor de massas.
O negócio foi avaliado em R$ 410 milhões, considerado o passivo de R$150 milhões da Santa Amália. Segundo o comunicado relevante expedido pela Camil, a “Santa Amália é uma das companhias de massas mais tradicionais e renomadas do Brasil, incluindo liderança no estado de Minas Gerais, com marcas de destaque na categoria de massas e um portfólio completo de marcas premium e de ocupação na categoria”.
O documento é assinado pelo diretor de Relações com Investidores, Flavio Vargas.
Segundo o jornal Valor Econômico, que noticiou a aquisição, os recursos saíram do caixa da Camil. A publicação informa que recentemente a empresa adquiriu as equatorianas Agroindustrias Dajahu e Transportes Ronaljavhu por US$ 36,5 milhões e que a relação entre dívida e Ebtida da Camil mantém-se num patamar bastante razoável de 1,4.
A Camil, que é conhecida de quem frequenta gôndolas de supermercado, começou suas atividades em 1963 como uma cooperativa de produtores de arroz de Itaqui, no Rio Grande do Sul. O feijão só começou a ser comercializado em 1987. Em 2017, a empresa abriu capital na B3.