Augusto Aras

Augusto Aras || Créditos: Antonio Augusto/Secom/PGR

PGR rebate críticas por “passividade” e inação diante do pedido de prisão preventiva de Roberto Jefferson; Aras se posiciona contrário à medida cautelar por representar “censura prévia à liberdade de expressão”

Em campanha por sua recondução ao posto de PGR, Augusto Aras vem se alinhando cada vez mais às pautas palacianas, o que faz dele objeto de críticas dentro do Ministério Público Federal – mais do que críticas, de manifestações oficiais de subprocuradores.

Há uma semana, 29 subprocuradores, em desagravo ao Supremo e ao TSE, instaram o PGR a “agir enfaticamente” e sair de sua posição de “assistir passivamente aos ataques àquelas Cortes e seus membros”. Os ataques, a nota não explicitava, partiram do Planalto e do presidente da República.

Nesta sexta (13), o Ministério Público Federal emitiu nota oficial para rebater novas críticas à passividade do PGR, que não teria se manifestado sobre a prisão preventiva de Roberto Jefferson.

“Houve, sim, manifestação da PGR, no tempo oportuno, como ocorre em todos os procedimentos submetidos à unidade”, diz a nota, que revela que Aras foi “contrário à medida cautelar”. “O entendimento da PGR é que a prisão representaria uma censura prévia à liberdade de expressão, o que é vedado pela Constituição Federal.”

“A PGR não contribuirá para ampliar o clima de polarização que, atualmente, atinge o país, independentemente de onde partam e de quem gere os fatos ou narrativas que alimentam os conflitos.”