O novo round da pugna entre João Doria e Jair Bolsonaro e seu Exército Brancaleone vem sendo disputado intensamente esta semana e diz respeito, como era de se esperar, à campanha de vacinação.
O governador paulista anunciou recentemente nova antecipação do calendário vacinal do estado, o que ensejou a entrada nele dos adolescentes. A ideia é, ou era, começar a vacinar pessoas de 12 a 18 anos já na segunda quinzena de agosto.
Mas o governo paulista alega que recebeu esta semana metade das doses do imunizante da Pfizer – o único aprovado pela Anvisa para uso nessa faixa etária no Brasil –, a que tinha direito, o que inviabilizaria esse plano. Doria reclamou publicamente na quarta (4), disse que poderia judicializar a questão, e obteve como resposta do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que “São Paulo está sempre reclamando”.
Nesta quinta (5), logo pela manhã, em declaração dada ao estafe de imprensa do Estado, Doria elevou o tom: “Quero mostrar a minha indignação com a postura do ministério da Saúde, que quebra o pacto republicano e retira vacinas de São Paulo de forma injusta, de forma arbitrária. Nós vamos reagir na forma da lei para evitar que brasileiros de São Paulo sejam prejudicados”.
Queiroga, de novo, disse que “não é o ministro que distribui doses de maneira discricionária” e que a judicialização não é o melhor caminho. “As pessoas não têm noção exata do funcionamento do PNI e da sua organização tripartite.”
A mais recente palavra da briga até a publicação deste post é a do governador, no Twitter, que treplicou, colando a declaração de Queiroga: “O melhor caminho é o governo federal cumprir o combinado e enviar imediatamente as vacinas que a população do estado de São Paulo tem direito. Façam a parte de vcs que tudo estará resolvido. Nós estamos fazendo a nossa.”