Movido a etanol bombado, Raízen celebra melhor IPO da B3 de 2021

Créditos: Divulgação

Empresa levanta R$ 6,9 bi mesmo sem comercializar lote de papéis adicional; para “Valor Econômico”, combustível de segunda geração é razão do sucesso

Saiu melhor que a encomenda. Depois de semanas de preparação, a chegada da Raízen, joint-venture entre a Cosan, do empresário Rubens Ometto e a petroleira transnacional Royal Dutch Shell, fez com sucesso seu IPO na B3.

Trata-se do maior volume negociado em aberturas de capital na bolsa paulista em 2021, R$ 6,9 bilhões para o caixa, sem necessidade de venda do chamado “lote adicional” de ações. A empresa foi avaliada em R$ 74 bilhões.

A Raízen apenas publicou, na seção de relação com os investidores de seu site, ata da reunião do conselho administrativo, ocorrida na terça (3), que dá conta da operação. O jornal Valor Econômico informou que o grande atrativo desse IPO foi o etanol de segunda geração produzido pela empresa, combustível que é feito a partir do bagaço da cana, não da cana propriamente dita.

Trata-e de uma vantagem competitiva extremamente relevante, especialmente na Europa, continente em que a temática ESG está alguns corpos à frente do que se discute nas Américas. Não por acaso, cerca de 2/3 do cascalho que irrigou o IPO da Raízen veio de investidores estrangeiros.