Sem licença, 30 famílias vivem de vender lanchinhos dentro do Congresso

Créditos: Câmara dos Deputados

Prática é irregular, mas parlamentares fazem vista grossa; ambulantes só não são tolerados nos salões azul e verde, que costumam sediar entrevistas coletivas

Ambulantes que trabalham no Congresso querem o apoio dos parlamentares do DF para regularizar as vendas de comida no local. PODER Online apurou que mais de 30 famílias sobrevivem com o comércio de quitutes nos corredores das casas legislativas, coisa que o regimento interno proíbe.

Para mudar, é necessário que algum deputado ou senador simpatize com a causa e apresente um projeto com mudanças tanto na lei quanto no regimento. Não é definitivamente, a prioridade dos parlamentares.

As lanchonetes e restaurantes do Congresso são controladas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e por uma rede de restaurantes que tem contrato com o Legislativo. As comidinhas dos ambulantes — quibe, salada de fruta, salgadinhos — são oferecidas (e muito consumidas!) nos gabinetes e nos espaços comuns da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Vendedores evitam, no entanto, frequentar os salões verde, da Câmara; e azul, do Senado. “Quando a polícia legislativa vê o que estamos fazendo ou se algum servidor reclama, pedem para a gente sair. Vivemos sempre com o coração na mão”, disse um dos vendedores, que pediu para não ter o nome divulgado.