Agora que perdeu o inquilinato e a afinidade, com o perdão da palavra, ideológica no partido Patriota, o presidente Jair Bolsonaro voltou à estaca zero e busca uma sigla imersa no dinheiro grosso para chamar de sua em 2022.
É que o presidente da República, quando candidato à reeleição, só pode se deslocar usando os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), cujo gasto é alto. E quem paga é o partido.
Bolsonaro faria bom uso do Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões incluído na recentemente aprovada LDO, fundo que diz que ele pretende vetar, o que causou certo descontentamento entre as agremiações que pretendiam tê-lo em cartaz.
Se o dinheiro ficar curto, o PR se torna um peso, não um chamariz.
Uma das opções seria fazer viagens mais curtas, de carro mesmo, durante a campanha eleitoral. Mas, novamente, há o custo da seguranças presidencial, que também fica a cargo da legenda.
Eis aí uma das razões pelas quais Bolsonaro faz campanha desde seu primeiro dia de mandato, viajando pelo Brasil para inaugurar obras irrelevantes e causando aglomerações.
Por ora, a campanha supostamente disfarçada de agenda presidencial, sai do meu, do seu, do nosso bolso.