“Liberdade”, gritam cubanos, que saíram às ruas; Joe Biden pede que povo “seja ouvido”

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Manifestações que tomaram o país neste domingo (11) são as maiores em décadas; presidente do país critica bloqueio econômico norte-americano, que agravou a situação na pandemia

Cuba é uma ilha, mas o fato de os maiores protestos em três décadas, segundo os observadores, terem se iniciado nas pontas oeste e leste do país, é revelador. Habitantes de Palma Soriano e San Antonio de los Baños foram às ruas no domingo (11) pela manhã; depois do almoço, a manifestação começou na capital, Havana.

Cuba, alguns bons anos depois da visita de Barack Obama, segue sua rotina pouco notável de cortes de luz, falta de luz, alimentos e remédios, situação que já era ruim por conta das sanções norte-americanas e foi muito agravada com a pandemia.

A paciência com o longevo regime comunista, que sensibiliza pouco às novas gerações, vem sendo testada diariamente, e ontem, na voz dos protestantes, ficou pequeno para o partido. “Liberdade” era a palavra mais ouvida. Diversos cubanos pediram a renúncia do presidente Miguel Díaz-Canel.

O protesto escalou, e houve conflito entre manifestantes e a dura.

Joe Biden manifestou-se nesta segunda (12), afirmando que os Estados Unidos estão “ao lado do povo cubano em seu claro apelo por liberdade e alívio das trágicas consequências da pandemia e das décadas de repressão e sofrimento econômico a que tem sido submetido pelo regime autoritário de Cuba”, disse,  em comunicado. “Os Estados Unidos pedem ao regime cubano que ouça seu povo e atenda suas necessidades neste momento vital.”

Díaz-Canel, criticou os manifestantes, chamando-os de “vândalos que saqueiam lojas” e disse que o embargo norte-americano é a causa dos problemas por que passa o país.

Aqui no Brasil, alguns movimentos se manifestaram. O MTST criticou os Estados Unidos dizendo que “a suposta democracia mantenha o bloqueio econômico, impedindo que máscaras e respiradores cheguem à ilha”.

O embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming comentou sobre um tuíte que afirmava que os Estados Unidos não permitiram que ventiladores pudessem chegar à Cuba por conta do embargo durante a pandemia. “Não se esqueça que no início da pandemia no ano passado, os ventiladores doados pelas empresas chinesas a um estado do Brasil também foram bloqueados nos Estados Unidos. Esse ato é desumano e deve ser condenado por todos.”