Sha’Carri Richardson, estrela do atletismo dos Estados Unidos, foi suspensa por um mês da equipe olímpica depois de testar positivo para THC, princípio ativo da maconha. Segundo a Agência Antidoping dos EUA, “as regras são claras, mas isso é doloroso em muitos níveis, porém sua aceitação da responsabilidade e pedido de desculpas serão um exemplo importante para todos nós de que podemos superar com sucesso nossas decisões lamentáveis, apesar das consequências onerosas”.
A atleta apareceu em programa da NBC nesta sexta-feira de manhã e desabafou: “Assumo a responsabilidade por minhas ações. Não estou procurando uma desculpa. No momento, estou apenas colocando toda minha energia para lidar com o que eu preciso lidar”. No Twitter, simplesmente postou: “sou humana”. Sha’Carri garantiu sua vaga nas Olimpíadas de Tóquio com uma incrível vitória nos 100 metros femininos no mês passado, porém, os resultados foram automaticamente desqualificados e ela não terá permissão para participar da corrida de 100 metros nos Jogos Olímpicos, no final deste mês.
A corredora revelou que ficou sabendo da morte da mãe, com quem aparentemente tinha pouco contato, por um jornalista na seletiva. E indicou que foi nesse contexto que ela fumou maconha. “De alguma forma, estava tentando esconder minha dor”, justificou. É permitido fumar maconha no Oregon, estado onde ocorreu a competição. E o código antidoping não pune o consumo fora de competição. Mas Sha’Carri testou positivo para THC exatamente no dia da final da seletiva dos 100m, o que é proibido pelo Código Mundial Antidoping.
O comunicado da Agência Antidoping decretou: “Os resultados competitivos de Richardson obtidos em 19 de junho de 2021, incluindo a qualificação para as Olimpíadas nas seletivas por equipe, foram cancelados e ela perde todas as medalhas, pontos e prêmios.” Não se a grande aposta norte-americana no atletismo vai ficar fora dos Jogos Olímpicos. Ela ainda pode ser elegível para competir em outra prova além dos 100m, como o revezamento 4x100m.
O ‘gancho’ começa a valer em 28 de junho e ela perde o resultado da seletiva americana, que é o critério utilizado para escolher quem vai a Tóquio. A suspensão termina antes da prova dela nos Jogos Olímpicos, e, também deve ser levado em consideração que Sha’Carri alcançou os índices necessários em outros momentos e poderia participar da competição mesmo com o resultado da seletiva anulado. Agora a decisão fica nas mãos da USA Track & Field, federação de atletismo dos Estados Unidos, e do comitê olímpico americano, USOPC.
“Tudo o que faço vem de mim, naturalmente. Sem esteroides. Sem nada. Este incidente foi sobre maconha. Depois que minhas sanções terminarem, estarei de volta e poderei competir”, conclui Richardson. Aguardem novidades sobre o caso.