Grife dentre os criminalistas brasileiros, o advogado Alberto Zacharias Toron falou mais que seu cliente, o empresário Carlos Wizard Martins, estrela da CPI da Covid-19 desta quarta (30).
Wizard chegou à CPI coberto por decisão judicial que o permitia ficar calado durante a inquirição dos senadores.
Toron, que já defendeu Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras, e conseguiu anular uma sentença de Sergio Moro quando isso ainda não era moda, viu “lawfare” nas acusações da Lava Jato contra Lula.
Um perfil, portanto, que tinha tudo para se alinhar com o lado “cientificista” e “anticloroquinista”, justamente o contrário do que esposou Wizard durante a pandemia de Covid-19.
Assim, o rápido bate-boca de Toron com o senador Otto Alencar (PSD-BA), que fazia uma rápida itinerância na presidência da comissão, chamou a atenção.
Ao dizer “isso é uma covardia, senador”, Otto veio abaixo:
Não pode me chamar de covarde aqui não. Eu mando lhe retirar daqui. Chamo a Polícia Legislativa para tirar esse senhor daqui. Tira agora. Ou senhor pede desculpa ou lhe tiro agora.”
Ao longo do dia, Toron colecionou manifestações de desagravo nas redes sociais, como do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, que escreveu que “a missão do advogado é sagrada”.
Santa Cruz foi violentamente atacado por Bolsonaro, recentemente.
Está um pouco difícil de acompanhar.