Pioneiro das conversas pela união da esquerda, Flávio Dino deixa PCdoB

Flávio Dino || Crédito: Divulgação

Movimento aguardado do governador do Maranhão envolve fortalecimento do “campo progressista” para as eleições de 2022; cláusula de barreira dificulta vida de partidos de baixa representação

A ideia de uma união de partidos diversos para enfrentar a extrema-direita bolsonarista em 2022 tem no governador do Maranhão, Flávio Dino, seu principal  e mais antigo baluarte.

Quando ainda não se falava muito nisso, ele empreendia conversas com atores diversos, de Fernando Henrique Cardoso a José Sarney – seu maior inimigo regional.

Pois bem, depois do movimento de Marcelo Freixo, que buscou o PSB para viabilizar, com partidos mais ao centro, sua campanha a governador do Rio em 2022 e um palanque palatável a Lula ano que vem, é a vez de Dino se movimentar.

Ele acaba de anunciar que está de saída do PCdoB.

“Informo que pedi desfiliação ao PCdoB. Desejo êxito ao partido na sua caminhada em defesa de uma Pátria Livre e Justa. Uma grande Frente da Esperança é um vetor decisivo para um novo ciclo de conquistas sociais para o Brasil. A tal tarefa seguirei me dedicando.”

Dino já havia falado sobre isso em entrevista especial a PODER, no fim de 2020.

“O campo progressista tem de ser plural, porque a sociedade é plural. Há um traço distintivo do campo progressista e popular que é o combate à desigualdade. Mas debaixo desse guarda-chuva tem de ter capacidade de matizar a atuação, porque a sociedade é matizada, nuançada, e a gente tem de buscar representatividade, aderência. Esses coletivos periféricos [eleitos para vereador em 2020] ajudam a chegar mais perto dessa pluralidade da sociedade. Aqui mesmo em São Luís, tivemos a eleição de um grupo de jovens vinculados à Pastoral da Juventude, de movimentos de bairro de perfil bem popular, acho muito positivo.”

Veja a reportagem na íntegra, aqui.