Degradação ambiental de países em desenvolvimento pode descambar em “risco sistêmico”, alerta FMI

Kristalina Gueorguieva || Crédito: World Bank / Simone D. McCourtie

Kristalina Georgieva, diretora-geral do instituto, vê países de renda média com pouco espaço fiscal para uma recuperação econômica que também deveria prever ações contra o aquecimento global

Não é apenas Joe Biden que está “endereçando” a emergência climática internamente e também em seus encontros multilaterais. O FMI vem se manifestando com frequência no sentido de mostrar aos países desenvolvidos que é necessário ajudar as nações em desenvolvimento que padecem simultaneamente com a pandemia e com os efeitos do aquecimento global.

A diretora-geral do FMI, a búlgara Kristalina Georgieva, é uma das figuras que mais vocalizam essa preocupação. Para ela, nações de renda média fizeram dívidas altas durante a pandemia e têm “limitado espaço fiscal” para investir numa recuperação verde.

“Países que dependem do turismo estão em posição difícil”, disse. “Estamos preocupados em como vamos oferecer mais apoio para que possam encontrar um caminho mais prudente de recuperação.”

As nações do G20 concordarem em alongar a dívida dos países devedores, estendendo-a de junho para dezembro. “A combinação de dívida, mudança climática e degradação ambiental representa um risco sistêmico para a economia global.”