Até o voo inaugural da Azul, em dezembro de 2008, o mercado costumava ver o setor aéreo no Brasil como um duopólio. O domínio do fluxo de voos pelas companhias TAM e Gol, esta última que havia começado a operar em 2000 a partir dos escombros da Varig, era considerado uma ameaça para o consumidor.
Não se tem ouvido mais a expressão ameaçadora nestes dias, quando os rumores de uma incorporação da seção brasileira da TAM pela Azul são cada vez mais intensos. De qualquer forma, outros players estão movendo suas peças.
No fim deste mês de junho voa pela primeira vez a Ita Linhas Aéreas, braço de aviação da Itapemirim, que vem de recuperação judicial e que espera operar 50 aviões até 2022. Em entrevista a PODER, o presidente da empresa, Sidnei Piva de Jesus, disse que ligações internacionais podem entrar no “pipeline” a partir de 2023.
Já a Gol acaba de anunciar, por R$ 28 mi, a compra da MAP, empresa do grupo Voe Pass (a antiga Passaredo) com sete aviões de 70 lugares que operam 11 destinos na região Norte. Mais do que a frota, o grande ativo da MAP são os 26 “slots” – ou direito de uso de vagas – no aeroporto de Congonhas, o mais lucrativo do país.
A MAP é considerada a quinta empresa aérea do Brasil, e a Gol, ao adquiri-la, assumiu também as dívidas estimadas em R$ 100 mi da companhia.