Senadores do chamado G7, que tem tomado a maior parte das decisões da CPI da Covid-19, consideram que a base do relatório de Renan Calheiros (MDB-AL) sobre as responsabilidades pela situação da pandemia no país está pronta.
O governo federal poderia ter 64 milhões de doses de vacinas a mais, já no final de 2020 ou em janeiro deste ano, mas optou por não comprar, perdendo seu lugar na fila.
A expectativa é de que fique demonstrado que a Pfizer queria fazer do Brasil um exemplo de vacinação na América Latina, ideia que foi rejeitada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Outra conclusão que deve aparecer no relatório é a de que o governo montou um gabinete paralelo para nutrir o PR com indicações que não vinha do ministério da Saúde.
Mesmo com tantos indícios de que o relatório será insatisfatório para os bolsonaristas, é necessário lembrar que a fase 2 da CPI começa no fim de junho com a possível apuração do que foi feito com os recursos enviados aos estados e municípios.
Aí, o Planalto tentará montar um relatório paralelo, com supostos malfeitos não relacionados à União.