STF começa a se mexer por voto impresso

Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Arthur Lira || Créditos: SCO/STF/Agência Brasil

Ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do TSE, é contra projeto que tramita na Câmara, por custoso e desnecessário, mas Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes parecem ter entendimentos diferentes

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, tem telefonado para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para falar sobre um tema espinhoso: o voto auditável impresso.

Atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Barroso esteve à frente das eleições municipais de 2020, quando houve um ataque às urnas eletrônicas durante a apuração, mas não estará no cargo durante as eleições do ano que vem.

A vaga será ocupada pelo colega Alexandre de Moraes, do STF, que também não morre de amores pelo projeto da deputada Bia Kicis (PSL-DF).

Em uma das ligações de Barroso para Lira, falou-se que o projeto precisa de um freio e que não será útil, além de muito caro, para o país numa época de crise. Bia Kicis defende publicamente que “a democracia não tem preço”, mas o valor deve ficar perto dos R$ 400 milhões por pleito.

A princípio, o ministro Gilmar Mendes, mais permeável ao tema, teria conversado com Alexandre sobre a possibilidade de implementar o projeto, caso ele seja aprovado pelo Congresso, mas apenas parcialmente, em certo percentual das urnas eletrônicas.