Convocado pela Câmara Federal para falar a comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Casa, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse nesta quarta (19) que o Centrão tá on.
Não usou exatamente essas palavras.
O general foi instado pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) a explicar a versão paródica que criou para celebrar o PSL e o “novo jeito de fazer política” de Jair Bolsonaro recém-vitorioso nas urnas,
Na ocasião, ele mudou o verso de um samba popular que dizia: “Se gritar pega ladrão / Não fica um, meu irmão”.
“Ladrão”, na ocasião, virou “Centrão”.
“Eu não tenho hoje essa opinião, e nem reconheço hoje a existência desse Centrão. Naquela época é uma situação. A evolução de opinião faz parte da vida do ser humano. Então isso aí faz parte do show. Do show político”, disse Heleno.
O ex-presidente Lula, que hoje aliás se manifestou no Twitter dizendo que Eduardo Pazuello copiou sua gravata tricolor em sua participação na CPI da Covid, poderia também pedir um copyright para o general por repetir, com outras palavras, o seu célebre “metamorfose ambulante”.
Depois de ver Bolsonaro se entusiasmar e fazer campanha aberta por Arthur Lira (PP-AL) a presidente da Câmara, no começo deste ano, a paródia, de fato, ficou um pouco datada.
Lira é chamado de “Rei do Centrão”.