A internet não perdoa. E desde 2014, quando as redes sociais tiveram impacto real pela primeira vez nas eleições presidenciais e se estenderam durante todo o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), muita gente usa a web para discutir política.
Tema muitas vezes evitado à mesa, a política ganhou adesão nas redes como expressão individual. Quem lembra do discursos de Dilma em 2015, quando ela fez uma saudação à mandioca?
Ou a gravação do “tchau, querida”, que Lula disparou para Dilma, em gravação vazada à imprensa, em 2016? A frase virou o título do livro lançado no mês passado pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, pivô do impeachment de Dilma.
E quantas vezes os vídeos dos mensaleiros com malas de dinheiro saíram das páginas da internet rumo às TVs, demonstrando a necessidade de rapidez na divulgação da informação?
Guardadas as proporções e histórias, a bola da vez nas redes é a fala do relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), instigado pelos colegas a “caprichar” na inquirição sobre a atuação do governo diante da pandemia.
A frase rendeu um funk, que você consegue ouvir clicando no link abaixo. E, ao saber que a música estava quebrando as redes de quem circunda o Congresso, Renan disse que vai mesmo caprichar. “Eu quero aqui assumir o compromisso de que efetivamente eu vou caprichar”, disse o senador, que ontem se abespinhou durante a oitiva de Fábio Wajngarten e bateu boca com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que o chamou de “vagabundo”.
É a vida imitando a arte. Risos.
Capricha, Renan!