A consultoria internacional Euromonitor, que atua em 100 países, divulgou dez tendências de consumo para 2021. Resiliência e adaptabilidade, nas palavras do relatório, são marcas comuns a elas.
Logo de cara, surge algo caro à economia do stakeholder. Para a Euromonitor, os consumidores agora realmente se preocupam com o legado das empresas para comunidades e planeta. “As empresas devem colaborar para a criação de um mundo mais sustentável, promovendo a mudança de uma economia baseada em volume para uma baseada em valor, contribuindo para a solução da desigualdade social e dos danos ambientais”, diz o relatório.
Além disso, na volta de uma experiência física de consumo, há um desejo por conveniência, algo próximo do que se experimenta no varejo online. Mais de dois terços das pessoas com mais de 60 anos ainda preferem o contato com humanos.
As empresas, segue o relatório, deverão utilizar cada vez mais áreas ao ar livre para eventos; há uma valorização evidente de atividades feitas em espaços abertos, como a jardinagem, e o uso de modais de transporte que dialogam com isso seguirão em alta. A bicicleta, de fato, experimentou grande aumento de vendas em 2020.
Otimização de tempo é outra tendência, com mais de 50% dos respondentes citando “tempo para atividades pessoais” como uma de suas prioridades em 2021; a par com isso, previsivelmente, preocupação com segurança e higiene também desponta no relatório. Na verdade, a palavra usada é “obsessão”, e features como o pagamento por QR da PayPal, que evita contato com teclas ou o uso de dinheiro, são valorizados.
Por fim, o relatório não registra ainda a recuperação econômica em países em que a vacinação já está a chegar a bom termo e deixa expressa uma tendência pela procura do consumidor por preços baixos. Com medo de perder emprego, pechinchar é cada vez mais imperioso, e os varejistas devem estar atentos a linhas próprias e combos de descontos.