A TV Globo pode não ter gostado de ter sido “furada” na celebração da Band por Fausto Silva, que volta à emissora do Morumbi em 2022, mas, sambarylove.
Depois de 32 anos domingo sim, domingo sim no Plim-plim, Fausto Silva poderia se juntar a uma manifestação para pichar a mansão dos Marinho no condomínio de Laranjeiras que estaria tudo certo.
Se fosse juiz, o apresentador poderia ser daqueles avis raras que só se manifesta “pelos autos” e jamais fala com a imprensa. Assim, a entrevista que deu a Joyce Pascowitch no primeiro ano da revista PODER, em 2008, é um documento não só histórico, mas surpreendentemente atual em diversos momentos.
Com preocupação social e centrado, Fausto disse: “Nunca quis ser rei de nada. Tenho consciência do meu talento e da importância da minha profissão”. E essa consciência, segue ele, é também do seu lugar “dentro de uma sociedade complicada e injusta como a nossa”.
“Poder é ter consciência”.
Sobre o injusto Brasil, Fausto não parece ter mudado seu entendimento nestes 13 anos. “O interesse individual aqui é sempre acima do coletivo. É o pais da hipocrisia. O pais do quase. O pais que caiu no real [a moeda] e não na real.”
Perguntado se tinha uma receita para o sucesso, assim a definiu: “É trabalhar, trabalhar. Mas não de forma obcecada, neurótica. O fim não deve justificar os meios. Não pode estar fissurado. Não se pode perder o foco, o senso de medida, senão corre-se o risco de não chegar lá. Ou então chegar de forma prematura ou tardia, com direito a ressentimento ou recalque.”