Aliados refazem contas de manifestação pró-presidente em 1º de maio

Crédito: Bernardo Speck

“Sinalização do povo” parece ter sido superestimada; expectativa de cidades com demonstrações públicas cai de 1000 para 300

A expectativa de que moradores de mais de mil cidades brasileiras se manifestem a favor do presidente Jair Bolsonaro no sábado, 1º de maio, o Dia do Trabalho, parece ter sido superestimada em cerca de três vezes. A estimativa agora é que isso ocorra em 300 municípios.

O “movimento” tem correspondência na vida real bolsonarista, melhor dizendo, nas mídias sociais bolsonaristas. Lá ele chama #EuAutorizoBolsonaro e é uma resposta a uma fala do presidente em que ele diz “aguardar a sinalização do povo” para “tomar providências”.

“Não acho que uma mobilização pequena conseguirá transferir um poder monárquico e totalitário ao presidente. Primeiro, porque, se os números são pequenos, não justifica a atitude. Segundo, pela lambança inconstitucional que precisaria ser costurada”, diz Marcos Estefanini, professor de Ciência Política da Universidade Estadual de Goiás (UEG).

Por aclamação, digamos, o presidente poderia até conseguir aumentar seu poder de fogo. O problema é que, num universo de mais de 5 mil municípios, 300 não dizem muita coisa.