Ainda que a discussão do plenário do STF desta quinta-feira (22) fosse exclusivamente regimental – validar ou não uma decisão da Segunda Turma –, o ministro Luís Roberto Barroso fez o que o advogado influencer Augusto de Arruda Botelho chamou de “votar diretamente para o Jornal Nacional”.
Ocorre que tal decisão da Segunda Turma foi crucial para rever a história recente do Brasil, ao entender que o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro atuou com parcialidade ao condenar Lula no caso do tríplex do Guarujá.
O veredicto de Moro teve consequências práticas, como se sabe: Lula foi preso por 580 dias e não pode participar das eleições de 2018.
Barroso fez longa peroração sobre o esquema de corrupção desvendado pela Operação Lava Jato, criticou a equipe de hackers de Araraquara, elogiou o livro sobre a Odebrecht da jornalista Malu Gaspar, inventariou o desfecho da Mani Pulite, operação italiana que serviu de paradigma para a turminha da MPF de Curitiba, entre outros tópicos.
Solou, basicamente.
(A propósito, o julgamento foi interrompido mesmo com placar favorável à decisão da Segunda Turma já formado: o decano Marco Aurélio Mello pediu vista.)