De olho na vaga de Marco Aurélio Mello, que deixa o STF em julho, o Centrão, em nova manifestação de seu apetite insaciável, quer indicar o próximo ministro da Corte. Se depender da turma de Arthur Lira (PP-AL), o escolhido será o presidente do STJ, ministro Humberto Martins.
A indicação de ministros, vale lembrar, é prerrogativa exclusiva do presidente da República, que ouve seus aliados – o que não necessariamente significa dizer que os leva em conta.
Na lista para o cargo estão o ministro do TST Ives Gandra Martins Filho, o ministro do STJ João Otávio de Noronha e o Advogado-Geral da União André Mendonça.
A chegada de Humberto Martins, alagoano como Arthur Lira, representaria, segundo integrantes do Centrão, a diminuição dos atritos entre o Legislativo e o Judiciário, que, hoje, brigam por protagonismo.
Sob o argumento de que um correligionário ajudaria o presidente e evitar descompassos com o Supremo, a turma de Arthur Lira tem citado o nome de Martins com frequência no Planalto.
A carreira na magistratura de Martins é meteórica. Depois de ser presidente da seção alagoana da OAB, foi nomeado em 2002 ao Tribunal de Justiça do estado, sendo guindado ao STJ quatro anos depois.
E esse é o primeiro problema. Quem o levou para o STJ foi Lula. E o segundo problema: Martins não é terrivelmente evangélico.