O crack de 2008, que fez os Estados Unidos emitir dólares, resgatar com (muito) dinheiro público patrimônios privados como a GM e balançar as bases do estado mínimo, teve um personagem que ficou para sempre como a epítome do sistema financeiro disfuncional: Bernard Madoff.
Criador do esquema de pirâmide financeira mais rentável (para ele) da história, que gerou US$ 65 bi de prejuízos para seus clientes, ele não conseguiu se livrar da dura: foi condenado a uma pena de 150 anos.
Não chegou a viver tanto, e também não contou com o beneplácito de passar seus últimos meses fora da prisão. Em fevereiro de 2020, pediu abrandamento da pena, alegando que teria um ano e meio de vida por conta dos problemas renais que o matariam.
Ele morreu nesta quarta-feira (14), aos 82 anos, numa prisão federal da Carolina do Norte.
No ano passado, em entrevista ao Washington Post, ele deu voz às emoções. “Sou um doente terminal. Eu já cumpri 11 anos, e, sinceramente, sofri muito aqui.”