Duque de Edimburgo foi o mais longevo consorte da história do Reino Unido e teve papel importante na modernização da Coroa britânica, apesar de se ver sem “particular mérito ou distinção”
Morreu hoje, aos 99 anos, o príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth, do Reino Unido. A causa da morte não foi revelada. Desde 2017 o também duque de Edimburgo não fazia aparições públicas, por problemas de saúde.
Em comunicado oficial, a Coroa britânica disse: “Sua Alteza Real morreu pacificamente esta manhã no castelo de Windsor. A Família Real se junta a todos ao redor do mundo em luto pela perda”.
Philip havia retornado a Windsor em 16 de março, após uma estada de quase um mês no hospital – sua mais longa temporada em tratamentos de saúde. A princípio foi cuidar de uma infecção, mas acabou por se submeter a uma cirurgia cardíaca.
Nascido na ilha grega de Corfu, ele uma vez se definiu, como registrou o jornal The Guardian, como um “príncipe desacreditado dos Balcãs, sem particular mérito ou distinção”.
Apesar disso, o jornal vê em Philip um protagonista na mudança de perfil da monarquia nas últimas décadas. Com ele, a Coroa teria abolido ritos passadistas e se modernizado. “Grandes decisões, como a sugestão de um divórcio precoce para Charles e Diana, eram tomadas após consulta ao duque”, escreveu a publicação.
“A rainha sempre se perguntava [sobre questões importantes]: o que pensa Philip?”