Conhecimento público de enriquecimento da primeira família preocupa governo

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Mansão recém-adquirida por filho 01 em Brasília e carro presenteado a Jair Renan foram pauta de reunião nesta terça (6). “Eles precisam parar de desfilar como milionários”, disse participante

Em meio à pandemia, com o aumento de mortes por Covid-19, o Brasil ganhou 11 novos bilionários segundo a lista recém-divulgada da revista Forbes. No ranking que considera os moradores do país independentemente de nacionalidade, há 56 empresários e executivos, entre os quais estão Guilherme Benchimol, da XP; Ilson Mateus, do Grupo Mateus, de atacado e varejo; e o colombiano David Vélez, do Nubank.

A lista dos muito ricos contrasta com a dos muito pobres que lutam pelo auxílio emergencial, que não chegará à metade dos R$ 600 pagos no ano passado em decorrência do arrocho nas contas públicas.

Mas além de fazer esforço para tentar explicar o aperto no Orçamento, o governo também terá de se concentrar em desfazer a impressão de que a família Bolsonaro está enriquecendo nesses tempos de crise.

O tema foi assunto em uma reunião desta terça-feira (6), no palácio do Planalto, onde a mansão do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), comprada por R$ 6 milhões, e o carro que Jair Renan ganhou de um lobista para aproximar empresários do governo, voltaram a ser citados.

“Eles precisam parar de desfilar como milionários”, disse um dos conselheiros do presidente em meio à conversa, causando entreolhares aflitos na equipe que acompanhava o encontro.

Uma das soluções, a mais prática, sugerida pelo próprio PR, é “não fazer nada”. Nisso, certamente, o governo federal tem expertise.