Atarantada com a rotina de obstruções da oposição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, a presidente do colegiado, Bia Kicis (PSL-DF), tenta driblar seus adversários colocando outros projetos para andar. Um deles é o do voto impresso, pleito de sua própria lavra com forte apelo no bolsonarismo-raiz.
Meio caminho já foi andado. O chamado “voto auditável”, que é a impressão de uma espécie de comprovante de voto, projeto da própria Bia Kicis quando ainda estava longe da comissão, em 2019, passou pela CCJ e aguarda criação de comissão especial.
A deputada vai defender o tema numa live ecumênica, digamos, nesta quarta-feira (7). Para o evento foram convidados integrantes do PT e do PDT, que vão debater com ela na tentativa de ganhar apoio popular.
Nas eleições para a Mesa Diretora, os dois candidatos à presidência da Câmara se comprometeram com o projeto de Kicis. Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP) disseram que iriam pautar o voto impresso assim que o tema ganhasse “clima”.
A necessidade de agilizar os trâmites é uma tentativa da deputada de implementar as mudanças para 2022, quando haverá eleições gerais no país. Para isso, o texto precisa ser aprovado até outubro de 2021, um ano antes do pleito.