Assessor internacional Filipe Martins sobrevive ileso à carnificina ministerial

Filipe Martins || Crédito: Reprodução/TV Senado

Próximo de Bolsonaro e de 03, “Sorocabannon” estava na berlinda desde a semana passada por gesto na sabatina no Senado que marcou a derrocada de Ernesto Araújo

A Esplanada dos Ministérios viveu ontem uma espécie de Noite de São Bartolomeu, com uma carnificina de ministros e secretários poucas vezes vista na história da República.

Entre os sobreviventes, Filipe Martins merece menção especial. Afinal, ele esteve na sabatina de Ernesto Araújo no Senado, quarta-feira passada (24), quando o agora ex-ministro foi instado por diversos senadores a entregar o cargo.

Não só esteve, como, mudo como um 2 de paus, fez às tantas um estranho gesto durante o encontro, que alguns viram como um sinal supremacista, e, outros, apenas como a velha maneira indecorosa de mandar o outro para alhures.

Conhecido como “Sorocabannon”, por ser comparado a Steve Bannon, o estrategista de marketing de Donald Trump dos primórdios – e depois consultor de líderes da extrema-direita europeia –, e ser de Sorocaba (SP), Filipe tem prestígio com o PR e com o filho 03.

Tanto é que o assessor internacional tem assento no terceiro andar do palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial. Ele é responsável por uma espécie de diplomacia presidencial, o que quer que isso signifique, off-label, digamos, fora do Itamaraty.

Mas a atuação dele no Senado abriu uma ferida na relação entre os poderes, e uma investigação contra o assessor corre na Casa.

O mais incomodado com esse episódio é Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A PODER Online, o senador disse não ver razão para a questão “ficar parada”. “O parlamento quer respostas.”