Alberto Fernández

Alberto Fernandez || Crédito: Casa Rosada

Presidente argentino conduz reunião de presidentes do Mercosul e acaba isolado na defesa das regras constituintes do grupo; Lacalle Pou, do Uruguai, quer “zona de livre-comércio”

Já não é de hoje que o multilateralismo não vive seus melhores dias, mas a saída de Donald Trump do tabuleiro geopolítico deu novo alento aos blocos econômicos formados por agregação de países.

O Mercosul, um dos mais fechados do mundo, contudo, parece estar vivendo a decadência de um tango barato – talvez um bolero, eventualmente um samba-canção, quiçá uma guarânia. Hoje, em encontro virtual pelos 30 anos do bloco sul-americano, o pau comeu.

O brasileiro Jair Bolsonaro, Luiz Lacalle Pou, presidente do Uruguai, e Mario Abdo Benitez, do Paraguai, reclamaram da rigidez das  regras do bloco, pedindo mais possibilidades  de acordos de livre comércio. Esses acordos fora do Mercosul têm de ser anuídos pelos demais integrantes do grupo.

Lacalle Pou disse que era hora de o Mercosul se transformar numa zona de livre comércio.

Alberto Fernández, da Argentina, que era o condutor da reunião, ficou sozinho na defensiva, e chegou a bater boca com seu homólogo uruguaio. “Não queremos ser lastro (peso) para ninguém. Se somos lastro, que peguem outro barco”, disse.