Reitor José Vicente e Luiz Fux assinam acordo que pode resultar em 50 mil postos para negros

José Vicente || Crédito: Faculdade Zumbi dos Palmares/Divulgação

Decisão do Conselho Nacional de Justiça define cotas raciais de 20% em cartórios; medida é de "poderoso impacto na igualização das oportunidades raciais", diz reitor

As atenções do STF estarão voltadas na tarde desta terça-feira (23) para a retomada do julgamento da parcialidade do ex-juiz Sergio Moro.

O julgamento, presidido pelo ministro Gilmar Mendes, na Segunda Turma, pode anular a decisão que condenou o ex-presidente Lula no caso do tríplex do Guarujá.

Mas a lusitana roda, e a agenda do Tribunal tem diversos outros compromissos.

O presidente Luiz Fux, por exemplo, que também preside o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem um importante compromisso às 18h.

Ele assina convênio com reitor José Vicente, da Universidade Zumbi dos Palmares, para estabelecer que o Movimento AR e a Zumbi dos Palmares sejam responsáveis pelo  monitoramento, fiscalização e implementação da cota de 20% das vagas de negros para concursos em cartórios.

No começo deste mês, em atendimento ao pleito do Movimento AR e da Educafro, o CNJ aprovou a inclusão das cotas nos cartórios.

Vicente sabe que este é apenas um tijolo da construção de um grande muro, mas é um tijolo portentoso, já que, em suas contas, são mais de 13 600 cartórios pelo Brasil com 20 funcionários em média.

“A medida pode resultar na disponibilização de 50 mil postos para negros. Estamos diante de uma medida afirmativa de grande e poderoso impacto na igualização das oportunidades raciais.”