PT avalia DataFolha que mostra crença na justiça da prisão de Lula

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Reunião chamada de última hora pelo partido discute estratégia diante de dado desconfortável para ex-presidente, que hoje, ficha-limpa, é nome certo para 2022

Uma reunião do PT foi convocada às pressas para esta segunda-feira (22). Será virtual, já que parte do diretório está em São Paulo e parte em Brasília. O assunto? A publicação da pesquisa Datafolha, veiculada neste domingo (21), que aponta que mais da metade (57%) dos brasileiros acham que o ex-presidente Lula é culpado no caso do tríplex do Guarujá  e que o ministro do STF, Edson Fachin, errou em devolver ao ex-presidente os direitos políticos – neste caso a pesquisa aponta maioria de 51%.

O gerenciamento dessa percepção ruim foi confirmado pela presidente da legenda, Gleisi Hoffmann (PT-PR) a PODER Online. Ela disse que “a base da democracia são as diferenças” e que, “da mesma forma que a prisão não foi uma unanimidade entre os brasileiros, a soltura do ex-presidente também não vai ser”.

Em um de seus processos, Lula foi condenado pelo ex-juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de cadeia, pena que foi revisada na segunda instância para 12 anos e um mês e reduzida a oito anos e 10 meses ao ser confirmada pelo STJ.

Para alguns integrantes da legenda, a conversa desta segunda-feira será “decisiva”. Interlocutores ouvidos por PODER Online acreditam que podem ser geradas decisões, mas que dificilmente o PT sairia sem Lula como candidato à Presidência da República no ano que vem.

O PT gravita em torno do ex-presidente, e as chances de vitória de Lula indicadas por outras duas pesquisas, do DataFolha e do Poder 360, num hipotético segundo turno contra Bolsonaro em 2022. deixam claro que não há plano B no partido.

Basta Lula permanecer ficha-limpa.