Na falta de problemas para a reforma administrativa, mais um: a parada das sessões presenciais

Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado

Reforma que não anda nem com reza brava deve enfrentar mais atraso com interrupção de sessões presenciais no Congresso e, depois disso, com interesses parlamentares

O aumento das medidas restritivas no Congresso, causado pela morte do senador Major Olímpio (PSL-SP) irá atrapalhar o cronograma da reforma administrativa.

É que todas as sessões foram convertidas para encontros online, como acontecia nos primeiros meses de pandemia, em 2020. Até o trânsito de servidores está restrito.

A expectativa mais otimista é de que o texto seja aprovado pelos congressistas em até seis meses. Para isso, a admissibilidade do projeto precisa passar até abril. Aí, vai para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e emenda em uma comissão especial, segue para o plenários da Câmara e do Senado e volta para a Câmara.

O relatório de Darci de Matos (PSD-SC) deve ficar pronto em duas semanas. A disposição na CCJ é otimista. Na comissão especial, também. O problema é o plenário, pois o Congresso está cheio de policiais, professores e de médicos, servidores públicos que têm sua base eleitoral afetada diretamente pela reforma.

Caberá ao Congresso definir suas prioridades diante de um Estado cuja dívida pública vai virando a casa da Mãe Joana.