Márcio Bittar

Marcio Bittar || Crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado

Senador do MDB-AC e relator da PEC Emergencial faz jogo governista e ganha braço de ferro contra oposicionistas, que queriam margem para aumentar auxílio. Definição explícita de R$ 44 bi no texto engessa prestação

O relator da PEC Emergencial, senador Márcio Bittar (MDB-AC), bateu pé no valor de R$ 44 bilhões para o gasto com o novo auxílio emergencial e ganhou a parada, levando alguma alegria para o ministrinho da Economiazinha, Paulinho Guedes, que temia mais endividamento das burras federais.

Segundo o senador, o valor sempre esteve claro no relatório, nos discursos e em negociações com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Bittar contou aos aliados que foi procurado, ou, nas palavras dele, “inquirido” por parlamentares oposicionistas. Eles queriam margem para aumentar o valor mensal de ajuda de R$ 250 estipulado pelo governo federal e endossado pela Câmara em seu relatório.

“Se aumentar o valor disso, menos gente vai receber”, peitou.

Até agora, não se falou muito sobre quem teria direito ao benefício. O mais provável é que, num caso de corte, os mais velhos tenham prioridade.

A discussão sobre os brasileiros que têm real necessidade do auxílio emergencial é complexa, e passa por solucionar os furos vistos em 2020. Houve então uma espécie de apropriação indébita por muitos espertinhos.

De militares a funcionários do Itaú, houve gente bem empregada que meteu bonito a mão na cumbuca.