Os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, o deputado federal licenciado Onyx Lorenzoni, e o da secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, não se bicam.
Onyx diz que é culpa de Ramos ele ter deixado a Casa Civil para assumir o apagadinho ministério da Cidadania (de que foi deportado agora). E, por ter certa abertura com o presidente Jair Bolsonaro, não perde uma oportunidade de queimar o filme do colega militar.
Ramos, responsável oficial pela articulação política do Executivo com o Congresso, enfrenta certa resistência entre os aliados do presidente no parlamento por ter um controle rígido nas finanças do governo. Ele não libera emendas com facilidade.
(A não ser na hora de garantir apoio para a eleição de Arthur Lira, que aí a coisa quebrou o Excel).
A estrutura palaciana contra com quatro pastas com status de ministério: Secretaria de Governo, Secretaria-Geral, Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Casa Civil.
A harmonia é desejável, mas a distância entre o desejável e o real na política é algo bastante difícil de ser medido. Ainda mais com a divisão civil-militar existente no Planalto.
Os generais Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Casa Civil), colegas militares de Ramos, costumam ficar do lado verde-oliva nas disputas com Onyx.