O primeiro dia de trabalho de Fernando Mello Bandeira no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nesta quinta-feira (25), não está sendo fácil.
Bandeira tomou posse ontem e já foi designado à ala do CNJ que cuida da viabilidade de projetos internos que podem sofrer interferência do Congresso Nacional.
É que Fernando Bandeira ficou mais de uma década no cargo de secretário-geral da Mesa Diretora do Senado e tem a expertise necessária para manobrar as decisões sem correr o risco de sucumbir aos pitacos dos parlamentares brasileiros.
Um projeto importante, talvez o mais importante da lista que foi entregue a Bandeira nesta quinta, é a possibilidade de os juízes de direito darem aula em cursinhos preparatórios para concurso.
Trata-se de uma verdadeira mina de dinheiro para os magistrados, já que alguns são sócios e fundadores de instituições particulares.
A atuação é permitida, mas ainda não foi regulamentada.
O medo do Judiciário é que, ao colocar essa ideia no papel, deputados e senadores trabalhem para sabotar o texto, que depende de autorização do Senado Federal.
O incremento financeiro é considerável, e não existe atividade equivalente permitida aos congressistas, o que causa uma inveja nada branca no legislativo.