Muvuca na Câmara vira regra, apesar da pandemia

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Discussões do Orçamento 2021 atraem parlamentares e prefeitos de todo o Brasil, que mandam às favas os protocolos sanitários do Congresso Nacional

Funcionários da Câmara estão preocupados com o acesso praticamente liberado no prédio do anexo IV, por onde jornalistas e visitantes têm entrado para burlar o sistema de fiscalização rigoroso do edifício-sede.

Nesta terça-feira (23), em solenidades com prefeitos do país, pouquíssimos visitantes tiveram a temperatura verificada e, pior, deputados encheram os elevadores exclusivos, sem que ninguém os incomodassem.

Contudo, as regras sanitárias são claras: só podem subir quatro pessoas por vez.

O movimento na Câmara dos Deputados é bem diferente do modus operandi do Senado Federal, algo que se reflete até na dinâmica das residências oficiais das casas legislativas. Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) é anfitrião contumaz, haja visto a festa treme-terra que celebrou sua vitória no começo do mês.

Já seu homólogo no Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), lembra mais o mineiro da anedota rodriguiana.

Desde que ele se mudou para a mansão da presidência do Senado, recebeu pouquíssima gente.

Deve haver muvuca na Câmara ao menos até a semana que vem, quando termina o prazo para a apresentação de emendas ao Orçamento 2021. Até lá, prefeitos, vereadores e lobistas não sairão dos gabinetes das excelências.