“Não contem com as vacinas da Pfizer tão cedo”, disse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), após receber a equipe técnica da farmacêutica transnacional Pfizer nesta segunda-feira (22).
Sem muita entrada no Executivo, que não quer se comprometer com as responsabilidades judiciais de supostos efeitos indesejados da vacina, como deseja a empresa, a Pfizer foi tentar um atalho pelo Congresso.
A estratégia já deve ser creditada à nova presidente da Pfizer no Brasil. Marta Díez assumiu no começo de fevereiro a cadeira antes ocupado por Carlos Murillo, que foi gerenciar os mercados “Latam” (da America Latina), movimento que foi visto como uma promoção para baixo.
O imbróglio brasileiro é raro no mundo, em que o imunizante da Pfizer é hoje muito utilizado. Consideraram inaceitáveis as exigências da empresa, além do Brasil, apenas a Argentina e a Venezuela.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou ontem a assessores que irá “pedir conselhos” para a Casa Civil da presidência e também para cardeais de outros poderes.
A tática é vista pelo alto escalão da farmacêutica como uma tática de “embromation”.
Nesta terça (23), a Anvisa liberou o registro definitivo para a comercialização da vacina no Brasil, algo que nem a CoronaVac tampouco o imunizante da Oxford-AstraZeneca-Fiocruz ainda dispõem.
Mais cedo a CNN Brasil afirmou que a Pfizer se comprometeu a fornecer 100 milhões de doses ao longo do ano ao governo brasileiro, se assim ele quiser. A empresa ainda não confirmou a informação.