Nesta semana Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara Federal, deve instaurar as comissões da Casa.
Como era a mais urgente, pois foi criada muito além do prazo ideal, para analisar o orçamento federal de 2021, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) é a única que já está funcionando.
Quanto às demais, a expectativa é de que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), prometida pelo governo ao PSL, seja a mais complicada de ser instalada.
Lira quer colocar na presidência da CCJ a deputada Bia Kicis (PSL-DF), nome polêmico por seu histórico de ataques aos ministros do STF e por sua adesão sem peias ao negacionismo científico.
Em live neste domingo (21), ela mandou um recado para os opositores, afirmando que “o presidente não roeu a corda”, e que ela, Kicis, está trabalhando “incansavelmente e silenciosamente” para atingir este objetivo.
Mas há resistências.
Como a comissão vai mesmo ficar com o PSL, os demais candidatos ao cargo tiveram que desistir. O problema é que, agora, Bia enfrenta concorrência interna. No próprio partido, ventila-se o nome de Junior Bozella (PSL-SP), estreante dos estreantes, mas que tem muito bons amigos e fome de poder.