O diabo está no detalhe, diz-se.
E é um detalhe que pode atrapalhar a carreira meteórica da deputada em primeiro mandato Flávia Arruda (PL-DF), agora empoderada como presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso.
Flávia foi eleita para resolver as pendências do orçamento de 2021, o que deveria ter ocorrido, se vivêssemos sob a ordem natural das coisas, em 2020. Mas houve a pandemia e o impasse entre o grupo do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o atual, Arthur Lira (PP-AL).
Assim, na teoria, sua gestão vai durar pouco mais de um mês.
Como os deputados não podem repetir mandatos consecutivos liderando comissões, ela deve logo voltar a ser “a mulher do [José Roberto] Arruda”, o ex-governador e malvado favorito do DF, que ficou inelegível em razão da Lei da Ficha Limpa.
Semana passada, Flávia prometeu mundos e fundos para ajudar na receita da saúde e distribuição de renda, bandeiras que seu marido empunhava.
Mais experiente que Flávia, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento de 2021, sabe que a gestão relâmpago pode trazer mais problemas que soluções. E não quer se comprometer.