Brasília segue uma cartilha muito específica de modismos. No começo da pandemia, com o “fica em casa” como regra, as excelências tinham de continuar jogando o jogo. Para encontros discretos e de finalidade política, criou-se então o hábito de receber em casa.
Mas isso passou.
De volta às mesas dos restaurantes, integrantes do Judiciário preferem endereços distantes e menos famosos, como o Ki-Mukeka, franquia baiana alocada em um clube às margens do Lago Paranoá.
Estiveram lá nesta terça-feira (09), para um almoço informal, o ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra Martins Filho e a ministra da Mulher e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
Segunda-feira (08) foi a vez do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. E, na semana passada, o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) João Otávio de Noronha e o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, também do STJ, — e cada um com sua turma.
O carro-chefe do restaurante, como o nome já diz, são as moquecas. O ministro Ives Gandra escolheu um vinho tinto para acompanhar, o que não deve ter harmonizado muito bem com o dendê e a arriba-saia.
Noronha, quando aparece, sempre pede um ou dois acarajés. Ele aprecia a versão do restaurante, que em vez de usar o camarão seco, com casca, prefere camarão fresco.