Existe uma sutil diferença entre “ser” e “parecer”. Por isso, ao se desfazer de sua loja de chocolates na Barra da Tijuca, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-SP) quer ver se consegue tirar as suspeitas da lavagem de dinheiro e a obrigação de responder pelo caixa da empresa.
Agora, poderá dizer: “Pergunte aos proprietários”. Segundo sua assessoria, é exatamente o que ele pretende fazer.
Flávio e o sócio Alexandre Santini tinham uma franquia da Kopenhagen que foi alvo de investigações do Ministério Público por suspeita de fraude, em 2020. Na Páscoa, quando todo o varejo de chocolates do Brasil fatura mais ou menos toda a receita do ano, a loja de 01 e seu parça seguia com a receita regular de qualquer outro mês.
Acredita-se que a loja foi usada para lavagem de dinheiro de um suposto esquema de rachadinha quando Flávio era deputado estadual do Rio de Janeiro.
A loja agora passou para o Grupo CRM, detentor da marca Kopenhagen, que emitou comunicado ao mercado. “Informamos que a empresa Bolsotini Chocolates e Café Ltda não é mais um dos franqueados Kopenhagen. Toda a transação foi devidamente informada ao MP-RJ.”