Eleito presidente da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (01), Arthur Lira (PP-AL) nem parece que trocou tiros com seu principal adversário na corrida eleitoral, Baleia Rossi (MDB-SP).
Sem cerimônia alguma com o emedebista, é só elogios ao colega parlamentar, algo que contrasta completamente com os dias que antecederam a votação, quando nas redes sociais acusava Baleia de ser um fantoche do ex-presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A mudança de comportamento tem nome e sobrenome: Jair Bolsonaro. É que Lira não pode se dar ao luxo de perder votos do MDB para o governo, ainda mais agora, quando o Planalto está com pressa de aprovar a sua agenda reformista.
Gentilezas à parte, não se pode esquecer que o MDB perdeu um punhado de cargos na administração pública. Foram demitidos indicados de deputados e senadores que não estavam com Lira nem com o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), como revelou PODER Online semana passada.
O Planalto fez uma a imersão explícita, abusada, desceu até a boquinha da garrafa no toma-lá-dá-cá.
Atualizou a oração de São Francisco na versão do ex-deputado Roberto Cardoso Alves, um dos pioneiros do Centrão, que sempre dizia: “É dando que se recebe.”
O jornal Estado de S.Paulo mostrou planilha de pagamentos para cerca de 300 parlamentares que custaram ao Governo Federal R$ 3 bilhões na eleição de seus aliados Lira e Pacheco.