A festa mais falada da semana, quiçá do mês, em Brasília, a que celebrou a vitória acachapante de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara, ontem de madrugada, foi na casa de um casal bastante ativo na sociedade brasiliense.
Trata-se do empresário Marcelo Perboni e da mulher, a também empresária Daniela, conhecidos pela simplicidade e bom trânsito junto ao poder. Um dos habitués dos eventos promovidos pelo clã é o festeiro governador do DF, Ibaneis Rocha.
Os Perboni serviram ontem aos convivas de Lira champanhe Veuve Clicquot, camarões gigantes, blinis com caviar… e música sertaneja.
Marcelo é empresário do ramo de frutas. Sua plantação vem do Nordeste e é distribuída em 20 estados brasileiros. Daniela também é comerciante, dona da Casa do Chocolate, uma das mais tradicionais revendedoras de doces da capital.
Eles têm quatro filhos (dois juntos, um só dele e um só dela, de outros relacionamentos), que são mais ou menos discretos — eles gostam de dar algumas festas notáveis, e aí todo mundo gosta de ostentar.
A comemoração desta segunda foi feita no salão de festas da família, erguida anos atrás num terreno vizinho. A família tem dois lotes na chiquérrima QL 12 do Lago Sul, em Brasília, as duas últimas casas da esquerda. Em uma, se vive. Na outra se festeja.
Na lista de convidados, não tinha oposição. Ninguém da esquerda passou recibo. Entre os aliados de Lira, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e a ex-amiga do governo Joice Hasselmann (PSL-SP), exageraram nas tacinhas de champanhe gelado.
“Tinha muita mulher nova e bonita, daquelas que estão sempre circulando entre os poderosos”, definiu de forma elegante uma das convidadas.
O deputado Fausto Pinato (PP-SP) pegou o microfone e cantou Stand by Me, de Ben E. King, e emendou com Bijuteria, dos sertanejos Bruno e Marrone. A ex-deputada Cristiane Brasil (PTB), que estava presa por supostos desvios em contratos de assistência social celebrados pela prefeitura do Rio, esqueceu os problemas e emendou a cantoria. Escolheu Malandragem, de Cássia Eller.
Enquanto ela estava no palco, o pai, Roberto Jefferson, presidente do PTB, contou aos jornalistas que continua insistindo para que Jair Bolsonaro se filie ao partido nas eleições de 2022. Disse que, se isso não acontecer, pretende emplacar um vice petebista na chapa. A opção seria a hoje ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves.
Ainda em clima de festa, Arthur Lira disse para quem quisesse ouvir que ligaria nesta manhã para o ex-presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para arrefecer os ânimos.
Ufa! Sextou…