Normalmente bastante assíduo no Twitter, o ex-ministro de Bolsonaro, ex-juiz e atual parceiro da consultoria gringa que tem como cliente a antiga Odebrecht, Sergio Moro anda meio lacônico nestes dias.
No dia 20 de janeiro, registrou que assistia à estreia do programa Manhattan Connection na TV Cultura e, três dias antes, parabenizou o governo de São Paulo e o Instituto Butantan pela primeira vacinação contra a Covid-19 no Brasil.
Hoje fez autopromoção de sua colaboração com a revista Crusoé — e foi só.
Como era de se esperar, não fez qualquer comentário sobre as novas revelações de suas conversas com o promotor Deltan Dallagnol no âmbito da Operação Lava Jato, que constam no inquérito aberto na Polícia Federal contra os hackers que conseguiram esse material .
A ser verídico o diálogo, fica ainda mais patente que o juiz responsável por apreciar e julgar as peças acusatórias produzidas pelo Ministério Público orientou a acusação.
Quando ainda comentava sobre essa atuação pouco ortodoxa, que vem sendo revelada há cerca de dois anos, desde o famoso comentário de Deltan sobre uma reportagem do jornal O Globo em que usou o adjetivo “tesão” , Moro costumava servir-se de outro adjetivo: “bobajada”.