Sem poder distribuir emendas, governo abre balcão de empregos por Lira

Arthur Lira || Crédito: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

Cargos de segundo e terceiro escalão viram moeda de troca para cabalar votos por Arthur Lira; apadrinhados de deputados do MDB de oponente Baleia Rossi perdem vagas

Sem dinheiro para distribuir as emendas, tradicional moeda de compra de apoio na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, o governo Bolsonaro tenta conquistar aliados para Arthur Lira (PP-AL) com a movimentação de cargos.

O governo federal promete turbinar a folha de pagamento de aliados para garantir a eleição de Lira como presidente da Câmara dos Deputados, dia 1° de fevereiro, fim do recesso legislativo.

Cargos de segundo e terceiro escalão foram colocados à mesa, pois, sem orçamento aprovado, o presidente Jair Bolsonaro não consegue liberar as famigeradas emendas.

Em retaliação aos apoiadores de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rodaram os indicados de Hildo Rocha (MDB-MA) e Flaviano Melo (MDB-AC).

Demitir apadrinhados é sempre um estresse, ainda mais em se tratando do MDB, um partido que sempre esteve à mão para ajudar o governo, dentro e fora do plenário da Câmara dos Deputados.

Significa, para os prejudicados, fazer pouco de um pedaço importante da base.